quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

EPOPÉIA FARROUPILHA "1835-1985"

PIRATINI NO SESQUICENTENÁRIO DA EPOPÉIA FARROUPILHA "1835-1985"

Quando o local atesta e a História se movimenta, para contar histórias velhas a uma geração nova e aos visitantes, ela diz: Sou legendária e, hoje,  param os séculos nos meus degraus, para rememorear os nobres feitos de augustos ideais.
Meu ar foi respirado por aqueles que definiram a história da Gente Farrapa. Sou filha da Província de São Pedro. Sou mãe da República Riograndense. Sou estandarte da fidelidade à Pátria Brasileira.
Nas minha ladeiras, ecoou o tinir das esporas de Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Antonio de Souza Neto, Onofre Pires que, com a sublimidade dos seus objetivos, legaram glórias à gerações.
Das minhas cacimbas, beberam e saciaram a sede dos desejos: Giuseppe Garibaldi, João Antonio da Silveira, Aragão e Silva, Domingos de Almeida, orientando a Epopéia de um povo.
Nas sombras do meu cinturão verde, descansaram: Manoel Lucas de Oliveira, Gomes Jardim, Corte Real, Sarmento Mena, Jacinto Guedes da Luz, Teixeira Nunes, para traçar a legenda altaneira.
Destas Coxilhas, onde o Minuano sopra forte, emanavam as determinações audaciosas da magnificência de um comando que representa a altivez dos desejos dos filhos deste rincão.
Meus casarões velhos, conservados em suas formas originais, serviram de moradas a vultos célebres que conquistaram o Panteão da História antes de serem sepultados na terra.
Sou a Tertúlia da inspiração à eterna canção nativista em exaltação aos imortais.
Os nomes dos Heróis identificando minhas ruas são Diplomas Nobiliárquicos conferidos à magnificência dos altos princípios.
Sou cofre do tesouro do acervo da grandeza cívica da Epopéia dos Farrapos. Meu museu é meu testemunho.
Sou a imagem do Sepé Tiaraju fincando sua lança pela terra,aos gritos: "Esta terra tem dono!"
Sou paradigma de Ana Terra, da mulher Gaúcha que amamentou nobreza e valentia aos descendentes do povo deste torrão. Guardiã indórmita, que peleou lado a lado com o homem, a fim de engrandecer e guarnecer o Solo Brasileiro.
Sou a Capital da República Riograndense, onde a incompreensão da Regência a um movimento que reclamava do menosprezo aos brios e do orgulho ferido de um povo que constitui a Sentinela da Pátria, apontou suas armas contra estes, transformando a campanha em revolução republicana.
Sou espírito de um povo que regou, com sangue, as raízes de uma raça indômita,que conquistou esta Grande Querência palmo a palmo.E fixou as fronteiras do Brasil.
Revivo hoje minhas glórias de 150 anos passados e, nas nobres moradas dos avós, acamparam-se netos vindos de todos os pagos, para render homenagens cívicas ao sagrado solo dos idealistas. Ouço-os dizendo:
"Terra Venerada! Viemos saudosos,para queimar o incenso no Altar dos Pampas, em reverência a teu memorável papel histórico. Viemos sentir o orvalho de teus campos que outrora fora sentido por nossos ídolos. Viemos reviver nossa Gloriosa História e confirmar-te que, sobre as raízes brotaram as árvores. Somos a geração moderna, sem jamais afastarmo-nos da tenacidade dos Sacrossantos princípios dos avós".
Sou patrimônio histórico de todos os gaúchos. Sou símbolo das Altaneiras Tradições Riograndenses, da fidalguia e da hospitalidade. Estou de braços abertos para abraçá-los, visitantes de todos os Rincões!
Eu sou a Muito Leal e Patriótica do Sul.
Eu sou Piratini! Sejam Bem Vindos ao Sagrado Solo da História Farroupilha.

Antonio Karini

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